10 agosto 2005

somente palavras

As minhas palavras aos teus ouvidos foram parcas, rasuradas, inúteis, banais, pobres, incompletas... De outra voz ouvi a minha...pode ser que também venhas a ouvir. Não são minhas as palavras nem sequer as que esculpi...Mas fica um desabafo, e espero que me reconheças, ainda que me tenhas feito ficar perdida em mim e sozinha a levantar-me...mais uma vez.


"Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?...Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!"


"«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»"

Foste já como Princípio e Fim...E voaram já mundos e morreram astros.


2 Sai da toca:

Blogger AnaP Sai da toca e diz:

Florbela Espanca no seu melhor :) Poema lindo e tão verdadeiro. Obrigada pela visita! Virei aqui mais vezes!

Blogger AnaP saiu da toca a 10 agosto, 2005 20:07
Blogger Ovelha Negra Sai da toca e diz:

obrigada ana...eu também vou fazendo umas visitas...daki a nada terei aki o teu link

Blogger Ovelha Negra saiu da toca a 10 agosto, 2005 20:39

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