Silêncio
Gosto do silêncio...de um sorriso pintado na altura, de fresco, de um olhar que atravessa o olhar, de um beijo construído num instante, das mãos e dos dedos abertos por onde brota o mundo que vejo, de um abraço sem porquês, da chuva que ainda não caiu, do anúncio do que ainda não vi, gosto do silêncio que me deixa estar em silêncio, mesmo sem estar.
Gosto do silêncio das palavras que me dizem e não me perturbam o silêncio, de um sentar-se à minha beira a ver o mesmo que eu, mesmo não estando a olhar para o mesmo que eu, dos risos das crianças quando me lembro deles, do passado que ficou a murmurar novas coisas que só agora ouço, do silêncio do que já disse e posso dizer.Gosto do silêncio de fazer amor com todas as coisas que se dizem nesse silêncio.
O que me doi é o silêncio que não é silêncio, que diz tanto e demais sem dizer, do silêncio do que nunca foi dito e devia ter sido gritado, dos enganos, que quando me têm enganado me juravam que não, das palavras ditas no silêncio da mentira, dos desenhos copiados que não originais e me deixavam acreditar que sim, das mágoas que ocupam o que não lhes pertence, dos falsos moralismos que se fingem silenciosos o mas que incomodam a todo o instante quem sabe o que é o seu silêncio.
O silêncio que me atravessa, é este silêncio novo...o de pensarem que sabem o que é o meu silêncio. De o julgarem sem sequer o encontrar e conhecer. Este silêncio de me dizerem que o silêncio que tenho não vale a pena, que não vale de nada. Que me perturba porque não se senta ao meu lado quando o meu silêncio não quer ficar sózinho.Nunca quer ficar sózinho...só quando não é silêncio.
Não tenho instrumentos para explicar o meu silêncio, não mais dos que estes e dos que invento em silêncio. "Quando a resposta é simples, Deus dá a resposta". Eu não sou Deus, por isso não sei responder melhor que isto, quando me perguntam o que é o meu silêncio.
Não lhe ponham nomes que não este.
Gosto do silêncio das palavras que me dizem e não me perturbam o silêncio, de um sentar-se à minha beira a ver o mesmo que eu, mesmo não estando a olhar para o mesmo que eu, dos risos das crianças quando me lembro deles, do passado que ficou a murmurar novas coisas que só agora ouço, do silêncio do que já disse e posso dizer.Gosto do silêncio de fazer amor com todas as coisas que se dizem nesse silêncio.
O que me doi é o silêncio que não é silêncio, que diz tanto e demais sem dizer, do silêncio do que nunca foi dito e devia ter sido gritado, dos enganos, que quando me têm enganado me juravam que não, das palavras ditas no silêncio da mentira, dos desenhos copiados que não originais e me deixavam acreditar que sim, das mágoas que ocupam o que não lhes pertence, dos falsos moralismos que se fingem silenciosos o mas que incomodam a todo o instante quem sabe o que é o seu silêncio.
O silêncio que me atravessa, é este silêncio novo...o de pensarem que sabem o que é o meu silêncio. De o julgarem sem sequer o encontrar e conhecer. Este silêncio de me dizerem que o silêncio que tenho não vale a pena, que não vale de nada. Que me perturba porque não se senta ao meu lado quando o meu silêncio não quer ficar sózinho.Nunca quer ficar sózinho...só quando não é silêncio.
Não tenho instrumentos para explicar o meu silêncio, não mais dos que estes e dos que invento em silêncio. "Quando a resposta é simples, Deus dá a resposta". Eu não sou Deus, por isso não sei responder melhor que isto, quando me perguntam o que é o meu silêncio.
Não lhe ponham nomes que não este.