Deu-me para pensar na vida e nos sonhos
Ontem susurraram-me...daquelas coisas que não se querem ouvir.
O sussuro tornou-se insuportavel.
Tiniu por séculos (que às vezes também os sentimos, não interessam os 24 anos)
E voltou, espreitou, sempre que não queria ouvir.
É constante dizer, incessantemente até,
Que quero amar as coisas pequenas.
Mas lá me vou esquecendo delas, das pessoas e de bons sussurros...
Não quero voltar a lembrar-me de tudo isso,
Quando a memória me falha segundos longos
Do que me faz viver,
Apenas quando aqueles sussuros outros
Me cortam o silêncio liso.
Estremeço estupidamente perante o que é real.
(Tudo é real).
Quero repetir até à surdez e entontecimento dos sentidos
Que quero amar sem ser preciso lembrar.
Quero abraçar em abraço longo e surdo
Tudo o que me é e me faz Ser.
Não seja mais o esquecimento!
Sonha, vive, ama, corre, tropeça,
Ri de tropeçar, em gargalhadas sonoras,
Lembra, acredita, SÊ!
É só a vida... e os sonhos...que não sei qual implica o quê... ou qual nasceu primeiro...
Não interessa...