o que mais quero...
Vejo a minha vida a cor de sal e a sabor de água
E abro os braços como estalactites de pó.
Só os meus olhos são livres e são eles
porque não vêm o que se pode ver.
Pinto os meus sonhos da cor de nenhum,
E fundo-os com o esmalte dos que não sonhei.
As minhas mãos são as do Desejado
E o meu corpo é este meu nevoeiro.
Sou a que não partiu... não...
Não fui a que se perdeu,
Sou a que naufragou no principio...
Não tem ondas este chão, é ileso, inerte
Assim quase como a minha liberdade.
Por dentro tudo gira,
Por fora nada se move...
E neste cansaço jovem vou-me tornando
Tal como ele ... o que ainda não vem.
M (07 - 12 - 98)
E abro os braços como estalactites de pó.
Só os meus olhos são livres e são eles
porque não vêm o que se pode ver.
Pinto os meus sonhos da cor de nenhum,
E fundo-os com o esmalte dos que não sonhei.
As minhas mãos são as do Desejado
E o meu corpo é este meu nevoeiro.
Sou a que não partiu... não...
Não fui a que se perdeu,
Sou a que naufragou no principio...
Não tem ondas este chão, é ileso, inerte
Assim quase como a minha liberdade.
Por dentro tudo gira,
Por fora nada se move...
E neste cansaço jovem vou-me tornando
Tal como ele ... o que ainda não vem.
M (07 - 12 - 98)